ALEGRIA VERDADEIRA – Salmo 30

| 17-07-2007 14:27:12

Pelas palavras do Rei Davi, vemos que ele emergiu de um mar de provações, reconheceu a sua jactância (soberba, auto-suficiência) e entrou no Rio de Deus, o rio da alegria e do louvor.

O Salmo revela três momentos de quebrantamento na presença de Deus: Davi rompe em louvor pelo livramento; vemos que o louvor leva-o a reconhecer o seu pecado de auto-suficiência; finalmente, só depois de haver confessado o seu pecado, estava pronto para a Alegria Verdadeira, nasce a celebração sincera, a gratidão brilha em cada palavra dirigida ao seu único Senhor, o Deus da Salvação.

01. Alegria verdadeira no livramento - V. 1-5

Nasce,  no seu coração,  uma resoluta decisão,  "eu te exaltarei, ó SENHOR, porque tu me livraste". Davi havia passado por uma situação de alto risco, pois, ressalta que "não permitiste que os meus inimigos se regozijassem contra mim". Queriam expô-lo à humilhação, queriam rir e zombar do Rei e de todo o povo de Deus!

Notem bem que Deus é pelos Seus Ministros e Seu povo, Davi se alegra pelo livramento que recebeu e tendo ele recebido livramento, esta mesma benção é estendida ao povo que está debaixo do seu governo: "clamei a ti por socorro, e tu me saraste ... Salmodiai ao SENHOR, vós que sois seus santos, e dai graças ao seu santo nome".

Davi estava buscando o refrigério porque tinha intimidade com Deus, conhecia tanto a Sua ira como o Seu favor: Porque não passa de um momento a sua ira; o seu favor dura a vida inteira. Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã - v.5.

02. Alegria verdadeira na humilhação - V. 6-10

Notamos que Davi começou a exaltar ao SENHOR (v.1-5) e este momento foi precioso, pois, diante da Santidade de Deus, o seu pecado foi revelado. Vemos alegria na humilhação, a alegria da confissão libertadora.

Na presença de Deus nenhum pecado fica oculto: Quanto a mim, dizia eu na minha prosperidade: jamais serei abalado. Tu, SENHOR, por teu favor fizeste permanecer forte a minha montanha; apenas voltaste o rosto, fiquei logo conturbado - v.6-7.

Davi implora a Deus a alegria da vida, e seu argumento é que para glorificar ao SENHOR ele precisa estar vivo: Por ti, SENHOR, clamei, ao Senhor implorei. Que proveito obterás no meu sangue, quando baixo à cova? Louvar-te-á, porventura, o pó? Declarará ele a tua verdade? Ouve, SENHOR, e tem compaixão de mim; sê tu, SENHOR, o meu auxílio - 8-10.

03. Alegria verdadeira na celebração - V. 11-12

Alegrar-se e ser grato pelo livramento é próprio do povo de Deus, mas, celebrar o livramento do pecado e da morte é o brado dos vitoriosos, assentados no Banquete do SENHOR, diante dos inimigos derrotados: Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda - Salmo 23.5.

Na alegria celebrativa, já não há motivo para choro, nem para luto, o filho de Deus canta louvores e não se cala, é grato para sempre: Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco (luto e jejum) e me cingiste de alegria, para que o meu espírito te cante louvores e não se cale. SENHOR, Deus meu, graças te darei para sempre - v. 11-12.

Conclusão

Irmãos, estas lições tiradas da experiência de Davi com Deus, querem nos ensinar que somente Deus é quem pode doar a verdadeira alegria. Davi, como homem, cometeu sérios pecados, buscou a alegria em fontes erradas, mas acima de tudo buscou ao Deus da alegria.

Como Davi tinha a sua vida totalmente devotada a Deus, assim, o pecado não ficava morando ocultamente na sua vida, logo era revelado e preferia receber a correção e a disciplina de Deus do que cair nas mãos o inimigo. 

Davi conhecia a Deus, foi chamado "homem segundo o coração de Deus", por isto é que diz: não passa de um momento a Sua ira; o Seu favor dura para sempre!

Hoje, o favor de Deus é revelado por meio de Jesus Cristo e pelo Seu Espírito que habita no crente.

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                Pastor Paulino Cordeiro - 16.07.2007 - noite